quinta-feira, 1 de maio de 2014



Cirurgia Cardiovascular, vídeo assistida com Extracorpórea em uso de bomba centrífuga, auxilio de vácuo e Cell Saver

sábado, 5 de outubro de 2013

A Síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE) é uma cardiopatia congênita que apresenta grande espectro morfológico com estenose ou atresia da valva mitral e estenose ou atresia da valva aórtica associado a vários graus de hipoplasia do ventrículo esquerdo. O estudo detalhado da anatomia é fundamental para se propor o tratamento cirúrgico adequado. A forma mais frequente de apresentação da SHCE é a presença de estenose mitral e atresia aórtica, ocorrendo em 36,1% dos pacientes. A presença de atresia aórtica na SHCE é um fator de risco substancial e tem relação com baixo débito no período de pós-operatório imediato [1], sendo frequentemente acompanhada de aorta ascendente extremamente hipoplásica (AH) (diâmetro menor do que 3 mm), influenciando no desempenho do ventrículo direito que, em consequência da dificuldade de perfusão retrógrada aórtica das coronárias estaria mais exposto à isquemia. 

O desempenho neurológico é uma preocupação importante no tratamento da SHCE e a utilização de circulação extracorpórea (CEC) associada à parada circulatória total com hipotermia profunda pode contribuir para aumentar o risco de alterações neurológicas. Para diminuir esse fator de risco, o uso da CEC com perfusão regional cerebral anterógrada (PRCeA) tem sido usada para aumentar a neuroproteção durante a reconstrução do arco aórtico e teoricamente diminuir o dano neurológico [2]. A diminuição do tempo de pinçamento da aorta (PA) pode ser um fator importante na preservação da função do ventrículo direito, principalmente quando a aorta ascendente tiver um diâmetro muito hipoplásico. Com o uso da perfusão regional coronariana retrógrada (PRCoR) neste grupo de crianças foi possível a realização da operação de Norwood com o coração batendo, diminuindo o tempo de PA. 


MÉTODOS

No período de dezembro de 2006 a fevereiro de 2008, foi realizada a operação de Norwood modificada com tubo entre o ventrículo direito e as artérias pulmonares ou operação de Sano em oito crianças (quatro do sexo masculino e quatro do sexo feminino), com idade média de 9,2 dias (variando de 1 a 29 dias) e peso médio de 3,3 kg (variando de 2,7 a 3,8 kg). As crianças eram portadoras de SHCE e aorta AH (Figura 1) com diâmetro médio de 2,3 mm (variando de 2,0 a 3,0 mm). Após a realização de esternotomia, instalada CEC com fluxo total (100-150 ml/kg/min) e hipotermia nasofaríngea de 25°C com administração de clorpromazina (5 mg/kg) para diminuir a resistência vascular sistêmica. Foram utilizadas duas cânulas venosas e um tubo de politetrafluoretileno (PTFE) de 4 mm anastomosado na artéria inominada como linha arterial e para realizar PRCeA. A PRCoR foi realizada através de um desvio na linha arterial (Figura 2) e colocação de um cateter na aorta ascendente de número 4 ou 6 French (dependendo do diâmetro desse vaso) na junção entre a aorta ascendente e o arco aórtico (Figura 3). 


Fig. 1 - Aorta ascendente extremamente hipoplásica em criança portadora de síndrome da hipoplasia do coração esquerdo


Fig. 2 - Desvio na linha arterial para realizar perfusão retrógrada coronariana regional


Fig. 3 - Cateter na junção entre a aorta ascendente e o arco aórtico para realização de perfusão retrógrada coronariana regional



Para se monitorizar a pressão durante a PRCeA foi realizada punção ou dissecção da artéria radial direita. Após o término da CEC, foi utilizada ultrafiltração modificada. Com o coração batendo foi realizado atriotomia direita e atrioseptectomia. O tronco pulmonar foi seccionado próximo à origem dos ramos pulmonar direito e esquerdo. O segmento distal do tronco pulmonar foi fechado com um retalho de pericárdio autólogo fresco, onde uma incisão linear foi realizada para receber a anastomose distal do tubo de PTFE da operação de Sano. 

O diâmetro do tubo de PTFE foi 4 mm para crianças com peso inferior a 3,3 kg e de 5 mm para crianças com peso superior a 3,3 kg. Após o pinçamento da aorta descendente, do pinçamento da artéria inominada proximal ao tubo de PTFE, com direcionamento do fluxo para a circulação cerebral com fluxo de 40 ml/kg/min para se obter uma pressão arterial média de 40 mmHg, e garroteamento das artérias carótida e subclávia esquerda, foi realizada secção da aorta ascendente na junção com o arco aórtico, mantendo-se a perfusão das artérias coronárias com PRCoR. 

Após ligadura e secção do canal arterial, a pequena curvatura do arco aórtico foi aberta da artéria inominada até a aorta descendente, todo o tecido do canal arterial foi ressecado e a aorta foi ampliada com pericárdio autólogo fresco e a neoaorta foi reconstruída realizando-se a anastomose do TP com o arco aórtico. Até este ponto a cirurgia foi realizada com o coração batendo em consequência da PRCoR. Com administração de cardioplegia de Saint Thomas acrescida de sangue na proporção de 3/1 por meio do cateter utilizado para PRCoR, foi realizada anastomose da aorta ascendente com a neoaorta (Figura 4). Finalmente, com o coração batendo, foi realizada a anastomose proximal do tubo de PTFE da operação de Sano com o ventrículo direito. Todas as crianças ficaram com o esterno aberto e posteriormente foram submetidas na UTI a fechamento do tórax. Analisamos neste grupo de crianças a mortalidade cirúrgica e a presença de alteração neurológica identificada ao exame físico de rotina.


Fig. 4 - Anastomose da aorta ascendente hipoplásica com a neoaorta



RESULTADOS

O tempo médio CEC foi de 145,7 minutos (variando de 100 a 235 minutos) e o tempo médio de PA foi de 29,7 minutos (variando de 19 a 43 minutos). A mortalidade cirúrgica e hospitalar foi de 25%. Nenhuma criança apresentou crise convulsiva ou alteração motora identificada ao exame clínico.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Circulação Extracorpórea em Cirurgia Cardiovascular

Circulação Extracorpórea(C.E.C.) é utilizada em mais de 80% das cirurgias cardíacas.
É uma técnica aplicada mundialmente nos casos em que o coração precisa parar de bater (cardioplegia) para que a cirurgia seja realizada. O sangue é desviado para a máquina, que faz o papel do pulmão, de oxigenar o sangue, e do coração, de bombeá-lo. Já existem equipes no mundo todo inclusive no brasil que fazem 100% das cirurgias de revascularização do miocárdio sem usar a C.E.C.. (Esta técnica esta limitada a revascularização da parede anterior, lateral e inferior do miocárdio  sendo praticamente impossível revascularizar a parede posterior do miocárdio sem o auxilio da C.E.C.. A Circulação Extracorpórea é também largamente utilizada em cirurgias intracardíacas  cerebral e em tratamento de membros com câncer na utilização de quimioterapia isolada de do membro acometido pela doença. Perfusão é o nome dado pelos que atuam na área. A Circulação Extracorpórea é uma especialidade da medicina e todos os cirurgiões cardiovasculares tem de conhecer a técnica, sendo necessário para isto a realização de um curso específico. Todo o profissional que atua na C.E.C. deve ter curso superior dentro da área de saúde (Biólogos, Biomédicos, Enfermeiros, Farmacêutico, Fisioterapeutas, Médicos) e possuir título de especialista em Circulação Extracorpórea emitido pela Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea. (SBCEC) mais informações em www.sbcec.com.br


Parte do circuito de CEC, reservatório venoso e abaixo o oxigenador sanguíneo.



Momentos antes da CEC, com uso de Bomba Centrífuga.

Antes da CEC, com bomba centrífuga.

Momentos antes da CEC, com uso de Bombe Centrífuga e Hemoconcentrador.

Filtro de linha arterial e a direita o Hemoconcentrador.


quinta-feira, 30 de junho de 2011

Passeio em Miracema

Paradinha pra foto

Fui o padrinho deste casamento.


Minha cabritinha louca pra pegar a estrada.


Familia Caveiras da Serra e um agregado...

terça-feira, 22 de março de 2011

Pós Graduação

A Universidade Gama Filho e o Instituto Nacional de Cardiologia Iniciam em ótima parceria, no dia 25 de março de 2011, curso de pós Graduação em Circulação Extracorpórea, com duração de dois anos e aulas as sextas e sábados. informações pelo site:
http://pos.ugf.br/pos-graduacao
clique no link SAUDE;
e em seguida: CURSO DE CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Só pra descontrair

Apenas um passeio pra descontrair

Dia de natal em Nova Friburgo.


O tempo começa a ficar feio...

O céu desaba...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Alguns momentos antes da C.E.C.

Hemoconcentrador

Circuito montado com  Bio-Pump


Aguardando início da C.E.C


ECMO



1. O que é ECMO ?
A sigla ECMO é originada da denominação em Inglês: Extra-Corporeal Membrane Oxygenation. Em nosso idioma, corresponde à técnica de assistência das funções respiratórias e/ou cardíacas mediante o emprego de membranas extracorpóreas. Essa técnica consiste em oxigenar o sangue venoso fora do organismo, devido às dificuldades da oxigenação nos pulmões. Alternativamente, a função cardíaca deficiente, especialmente em crianças, também pode ser melhorada pelo emprego dessa técnica. O ECMO, como é mais conhecido, portanto, permite substituir as funções pulmonares, parcial ou completamente, durante um período de tempo em que os pulmões são incapazes de realizar as trocas gasosas entre o ar alveolar e o sangue.

2. O que significa ECLS ?
Do mesmo modo que o ECMO, a sigla ECLS é originada da denominação em Inglês: Extra-Corporeal Life Support. Em nosso idioma, corresponde ao conjunto de métodos capazes de oferecer suporte às funções respiratórias e/ou cardíacas, com a finalidade de manter a vida dos pacientes. É uma denominação mais abrangente e, portanto, mais condizente com a variedade de situações em que a assistência respiratória ou a assistência circulatória são usadas com o emprego de um aparelho conhecido como pulmão artificial ou oxigenador de membranas.

3. Por que o ECMO é necessário ?
Em determinadas circunstâncias, um recém nato, por exemplo, apresenta insuficiência respiratória aguda e severa, produzida por aspiração de mecônio ou por outra causa qualquer. O tratamento médico intensivo, incluindo o uso de respiradores mecânicos é insuficiente para a reversão do processo. A oxigenação do sangue ao nível dos pulmões torna-se deficiente, bem como a eliminação do dióxido de carbono. Quando a enfermidade pulmonar alcança esses níveis de insuficiência, a mortalidade potencial dos pacientes atinge valores de 80-90%. Justifica-se, então, a utilização de métodos destinados a oxigenar o sangue fora do organismo, mediante a utilização de membranas artificiais.

4. Qual a duração dos tratamentos feitos com o ECMO ?
Um tratamento com ECMO pode durar de algumas horas até vários dias. Em média, em crianças portadoras de doenças respiratórias agudas e potencialmente reversíveis, o ECMO é usado como suporte por um período médio de 7 a 10 dias.

5. Quais são os candidatos ao tratamento pelo ECMO ?
O ECMO pode ser utilizado para pacientes de qualquer idade, desde que estejam incluídos em determinados critérios previamente estabelecidos. Os pacientes que preenchem os critérios para o emprego do ECMO, em geral, apresentam uma mortalidade de 80-90%, sem o emprego dessa modalidade de tratamento. A doença pulmonar ou cardíaca deve ser potencialmente reversível e o paciente deve ter a função cerebral preservada.

6. Quais são as principais indicações para o emprego do ECMO em pacientes pediátricos ?
Algumas das indicações mais comuns para o emprego do ECMO em crianças são as pneumonias bacterianas ou virais, infecções severas, aspiração de mecônio, cardiopatias congênitas graves, aspiração de substâncias tóxicas, parada cardiorespiratória, traumatismos torácicos severos e outras situações assemelhadas. Sempre que houver a possibilidade de recuperação do tecido pulmonar comprometido pela enfermidade ou pelo trauma, o emprego do ECMO (melhor chamado ECLS) pode ser considerado, com o objetivo de manter as funções vitais (oxigenação dos tecidos, eliminação de dióxido de carbono e bombeamento do sangue através do sistema circulatório) dos pacientes. A mesma linha de raciocínio se aplica às enfermidades agudas do coração que se acompanham de redução severa da atividade contrátil.

7. Em que instituição a prática do ECMO é mais frequente ?
O ECMO foi desenvolvido pela equipe da Universidade de Michigan (UM), nos Estados Unidos da América do Norte. O Dr. Robert Bartlett tem sido o grande propulsor dessa tecnologia. Bartlett é responsável pelo desenvolvimento e pelo aperfeiçoamento do método, além de ser o responsável pelo treinamento de numerosos profissionais que criaram outras unidades para a aplicação das técnicas de ECLS, tanto em crianças como em pacientes adultos. Os pacientes tratados na Unidade de ECMO da Universidade de Michigan provém de diversos hospitais próximos ou distantes. Os profissionais da UM avaliam os pacientes e verificam se os mesmos preenchem os critérios estabelecidos para o emprego do ECMO. Os protocolos de tratamento e os critérios para o emprego do ECMO em vigor na UM são adotados, com ligeiras adaptações, por todas as unidades de ECMO existentes.

8. Onde há centros especializados no emprego do ECMO ?
A Universidade de Michigan (USA) criou uma organização internacional denominada ELSO (Extracorporeal Life Support Organization) destinada a congregar os centros que se dedicam à prática do ECMO/ECLS. Há 115 centros filiados a essa organização. A maioria desses centros está situada nos Estados Unidos. Um contingente menor, contudo, se distribui pelos países da Europa, Austrália e Nova Zelândia. Na América Latina, Chile e México desenvolvem programas dessa natureza. No Brasil, a Universidade de São Paulo desenvolve esforços no sentido de manter um centro em funcionamento ativo. No Rio de Janeiro a equipe do Hospital Pró-Cardíaco tem utilizado o ECMO em pacientes adultos com boa margem de sucesso. Muitos centros, contudo, não são filiados da ELSO e essa circunstância dificulta o conhecimento exato da localização dos centros especializados existentes em numerosos países.

9. Em que consiste o procedimento de ECMO ?
Um cirurgião insere cânulas em vasos de grande calibre, uma veia e uma artéria. No ECMO neonatal, por exemplo, mais comumente realizado, uma cânula é inserida no interior do átrio direito, através de uma abertura feita na veia jugular interna direita. O sangue venoso é drenado por efeito da gravidade para o interior de uma pequena bolsa que funciona como um reservatório, de onde é aspirado por uma bomba. A bomba impulsiona o sangue venoso através de um aparelho (oxigenador de membranas). Um tubo plástico injeta um fluxo de gás (mistura de oxigênio e ar) através do oxigenador de membranas. Ao nível das membranas ocorrem as trocas gasosas. O sangue venoso recebe o oxigênio de que necessita e elimina o gás carbônico. A propulsão do sangue pela bomba injeta o sangue já "arterializado" através de uma cânula inserida na artéria carótida comum direita. O sangue arterializado é distribuído através do organismo do paciente pela propulsão da bomba e dos batimentos do coração. Os vasos utilizados para a inserção das cân ulas podem variar, de acordo com a idade dos pacientes e a modalidade de ECMO selecionada.

10. Como as cânulas são inseridas nos vasos dos pacientes para o procedimento de ECMO ?
As cânulas podem ser inseridas através de punção percutânea (técnica mais usada em adultos) ou mediante a exposição cirúrgica dos vasos através de uma pequena abertura da pele (técnica mais usada em neonatos).

11. Em que consiste um oxigenador de membranas para uso durante os procedimentos de ECMO ?
O oxigenador de membranas para uso prolongado é um dispositivo constituído por longas tiras de finas películas de silicone, em cujo interior circula o sangue, enquanto o gás circula externamente. Os gases atravessam a parede formada pelas membranas de silicone, pelo fenômeno da difusão. Um gás migra da região de maior concentração para a região de menor concentração. Desse modo, o oxigênio atravessa a membrana para alcançar o sangue e o CO2 migra do sangue para o gás que circula do lado externo das membranas.

12. Por que não se usa o ECMO mais frequentemente ?
Os tratamentos médicos têm evoluido consideravelmente nos últimos anos, incluindo-se os diversos tipos de ventilação assistida ou controlada pelos respiradores mecânicos. Portanto, é muito importante ressaltar que o ECMO, por ser um tratamento bastante invasivo e de grande complexidade, só deve ser usado quando os demais recursos terapêuticos se mostrarem insuficientes para a resolução do problema apresentado pelos pacientes. Apesar disso, o emprego do ECMO é cada vez maior e mais necessário.

13. Que profissionais trabalham em uma equipe de terapia com ECMO ?
A aplicação do ECMO requer uma equipe multidisciplinar constituída por médicos de diversas especialidades clínicas e cirúrgicas, perfusionistas, enfermeiros, fisioterapeutas e outros especialistas. Pediatras (neonatologistas), cardiologistas, cirugiões cardiovasculares, perfusionistas, intensivistas e enfermeiros de terapia intensiva neonatal e de adultos são os membros permanentes das equipes dedicadas ao emprego do ECMO. Pneumologistas, hematologistas, nefrologistas e neurologistas são consultores frequentemente acionados para dar suporte ao trabalho da equipe. 




Fonte:http://perfline.com/ecmo/files/faq.html

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Comissão aprova regulamentação de perfusão cardíaca e respiratória

17/06/2010 13:00

Comissão aprova regulamentação de perfusão cardíaca e respiratória

Arquivo - Luiz Alves
Frejat defendeu a melhor capacitação dos perfusionistas.
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou nesta quarta-feira projeto que regulamenta o exercício da profissão de perfusionista cardiocirculatório e respiratório. O perfusionista é o profissional que, entre outras funções, planeja e executa a substituição da funções cardiocirculatórias e respiratórias durante o ato cirúrgico, mantendo o paciente vivo.
A proposta foi aprovada na forma do substitutivo do relator, deputado Jofran Frejat (PR-DF), ao Projeto de Lei 1587/07, do deputado Chico D'Angelo (PT-RJ).
O relator defendeu a melhor capacitação dos perfusionistas, com formação o mais completa possível. "As primeiras gerações dos técnicos em perfusão constituíram-se de profissionais muito aptos a lidar com a aparelhagem mecânica, mas incapazes de interpretar e atuar sobre as alterações da fisiologia do paciente", argumentou.
Formação
O texto aprovado estabelece que a perfusão cardiocirculatória e respiratória somente pode ser exercida por profissionais de nível superior das carreiras da área da saúde e biologia, com curso de formação especialmente designado para esse fim. Conforme a proposta, o curso de formação deverá ter carga horária mínima de 1.400 horas-aula, que poderá ser aumentada pelo órgão fiscalizador do exercício da perfusão cardiocirculatória e respiratória. As medidas só valerão após o poder público instituir este órgão.
O curso de formação abrangerá conteúdos de fisiologia circulatória, respiratória, sanguínea, renal e metabólica, além de conhecimentos sobre centro cirúrgico, esterilização e treinamento específico no planejamento e aplicação dos procedimentos de circulação extracorpórea e assistência circulatória mecânica. O relator incluiu dispositivo que permite que a regulamentação aponto outros conteúdos a serem aprofundados no curso. "Isso conferirá agilidade à incorporação de novos tópicos eventualmente relevantes no futuro", disse.
O substitutivo assegura o exercício da profissão também ao cirurgião cardiovascular que já tenha formação específica na área e ao perfusionista que já tenha experiência de no mínimo cem perfusões. Porém, este perfusionista terá que apresenta título de curso de formação em até cinco anos após a publicação da lei, além do registro profissional no respectivo conselho regional de fiscalização profissional.
Atribuições
Entre as atribuições previstas pela proposta para o perfusionista, estão monitorar os parâmetros fisiológicos vitais durante a cirurgia e examinar, testar e controlar a manutenção dos aparelhos usados. O relator acrescentou, às atribuições previstas no projeto inicial, as funções de calcular as doses de anticoagulante sistêmico e de seu neutralizante, de acordo com orientação da equipe médica; e participar em cursos e treinamentos como discente ou docente.
O perfusionista cardiocirculatório e respondem civil e penalmente pelo exercício profissional danoso. Pela proposta, o exercício ilegal da profissão configurará contravenção penal, sujeitando o contraventor à pena de prisão simples, de 15 dias a três meses, ou multa. Além disso, o contraventor deverá receber punição administrativa por seu conselho regional de fiscalização profissional.
Tramitação
O projeto já foi aprovado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, em seguida, para o Plenário.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Lara Haje
Edição – Wilson Silveira

Congresso Brasileiro de Circulação Extracorpórea SP/2010

Estamos em vias de mudanças radicais em nosso congresso, este ano percebeu-se nitidamente o desinteresse por nosso evento.
Muitos profissionais faltaram e os que compareceram, pouco se interessaram...
Porem recebi noticias muito boas da presidencia da SBCEC, e estou mais otimista.
Estou ansioso aguardando as novidades que vem por ai...